A canhota que lançou a Fénix!





Ainda há poucos dias escrevi acerca de um jovem jogador do Peñarol – Brian Rodríguez - que já se destaca com tão tenra idade no principal clube do país celeste. Um caso de realce de um jogador que terá certamente um futuro risonho pela frente. Contudo, na capital uruguaia, num clube bem mais modesto que o Peñarol, existe outro jovem de um talento ímpar que promete impressionar quem ainda não o conhece. Leonardo Fernández, 20 anos, médio do Fénix de Montevideu, é o nome que de quem farei referência ao longo deste artigo.

Natural da capital do Uruguai e formado no clube que representa atualmente, o camisola 7 dos “albivioletas” estreou-se com apenas 16 anos clube, frente ao Peñarol. Apenas duas temporadas mais tarde se conseguiu assumir como titular indiscutível da sua equipa, já a meio da época de 2017. No ano seguinte, tornou-se no principal jogador da sua equipa, chegando a apontar 10 golos em 33 partidas. Na atual temporada, o seu desempenho tem sido absolutamente surreal: Em 10 jogos já efetuados, só não conseguiu marcar em apenas um, contabilizando atualmente 11 golos, sendo o melhor marcador do campeonato. Um registo incrível, que teve consequências diretas no Fénix. A sua equipa é um clube sem grandes registos na principal divisão do futebol uruguaio, com um palmarés que se resume a sete campeonatos da 2ª divisão. Um clube que na década passada esteve na divisão inferior, mas que na presente temporada – muito por contributo de Leonardo Fernández - está a somente um ponto do líder, não contando com qualquer derrota até ao momento. A nível de seleção, o médio esteve presente da Sudamericano de sub17 em 2017, contando depois com uma internacionalização pelos sub20.

Pé esquerdo de elite. Não há outra forma de resumir a qualidade da canhota do jovem do Fénix. Uma capacidade colocação de bola onde este assim o desejar. Chega a ser assustador por vezes. Batedor exímio de bolas paradas, assumindo ele a execução de todos os cantos, livres e grandes penalidades dos “albivioletas”. É um médio que joga muito entre linhas, podendo também começar na extrema direita e fazer movimentos interiores, aparecendo sempre na zona da posição 10 ou mais adiantado por detrás do avançado. Não é um velocista, mas também está longe de ser um jogador lento. Uma capacidade de definição acima da média e uma constância exibicional impressionante (os números assim o comprovam). Técnica elevada, mas a sua maior qualidade, como já referido anteriormente, é a sua incrível capacidade de colocação de bola, sendo fortíssimo nos remates de meia distância e nas bolas paradas. Não é por acaso que já regista mais de 30 assistências como profissional com apenas 20 anos de idade e é o melhor marcador do seu campeonato. Contudo, apresenta algumas limitações do ponto de vista físico, sendo este muito débil fisicamente e de baixa estatura (1m66), embora ainda seja um jovem e poderá certamente com o tempo desenvolver a sua compostura muscular.

Dentro de um mês e meio, irá dar-se início a maior competição de seleções da América do Sul (que nesta edição não irá contar com as seleções dos países situados na América do Norte e Central), a Copa América. Apesar de só ter uma internacionalização sub20 pela seleção alviceleste, acredito seriamente que possa fazer parte da lista final da poderosa e rotinada seleção do Uruguai para a competição. A sua saída do Fénix no verão é um dado praticamente adquirido, restando saber qual será o afortunado clube que levará esta pérola. Seja ele qual for, e mesmo que seja um clube do continente americano, estou convencido que veremos a médio prazo o seu pé esquerdo a fazer as maravilhas dos adeptos do futebol europeu.

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